26 julho 2006

Eu falei que não era o Buk!

"Quem disse que eu estou solitário? Só por que estou sentado aqui, nesse balcão de bar, sem nenhuma pessoa por perto, não quer dizer que eu esteja solitário. Prefiro isso a ter que dividir bons momentos como esse, com comentários impertinentes sobre qualquer banalidade que possa estar acontecendo por aí afora. Que tenho eu a ver com essa história de guerra ou sei lá o que? Minha guerra é interior. Entendo que se eu estivesse em guerra, haveria só um ferido, eu mesmo. As pessoa tendem a generalizar e a dramatizar tudo. Gosto de beber sozinho, e daí? Gosto de fazer várias coisas sozinho, não preciso da aprovação de ninguém na minha vida. A única coisa que me chateia um pouco é na hora do sexo. É impossível fazer isso sozinho. Aí sim me sinto solitário, então saio de casa e venho pra cá beber."

Rubens K.

25 julho 2006

Poliglota

De acordo com minha sobrinha, Dona Chica admirou-se, na verdade, quando o gato berrou não o seu tradicional miau, mas sim um alto e estrondoso au-au. Aquele não era o comportamento desejado do pobre gatinho, mas se alguém também me atirasse um pau, era bem provável que eu xingasse em alemão até a quinta geração do fidumaputa do autor... Adoro as lições da Gaby!

24 julho 2006

Relembrando...

"Quem disse que eu estou solitário? Só por que estou sentado aqui, nesse balcão de bar, sem nenhuma pessoa por perto, não quer dizer que eu esteja solitário. Prefiro isso a ter que dividir bons momentos como esse, com comentários impertinentes sobre qualquer banalidade que possa estar acontecendo por aí afora. Que tenho eu a ver com essa história de guerra ou sei lá o que? Minha guerra é interior. Entendo que se eu estivesse em guerra, haveria só um ferido, eu mesmo. As pessoa tendem a generalizar e a dramatizar tudo. Gosto de beber sozinho, e daí? Gosto de fazer várias coisas sozinho, não preciso da aprovação de ninguém na minha vida. A única coisa que me chateia um pouco é na hora do sexo. É impossível fazer isso sozinho. Aí sim me sinto solitário, então saio de casa e venho pra cá beber." (Charles Bukowski)
(Gilmar apud Mirian, no bom sentido, claro...)

Sono

O barulho da torneira da cozinha insistia em conduzir minha noite. Despertos, mente e corpo não encontraram o ponto de equilíbrio para o tão esperado descanso. O acúmulo louco de atividades nos últimos dias seria motivo de sobra para isso, porém um escudo mental aliado ao tec-tec da água adiaram por mais algumas horas o desligamento do mundo. As mil e uma táticas de obtenção do sono passaram longe de surtir efeito e o jeito foi levantar e tomar mais um pouco de vinho.
Na televisão, uma criança morta na guerra sem fim do Oriente Médio. Os demônios do homem brindam taças espumantes de sangue. Não há heróis nem bandidos. Apenas tristeza.
As ruas de minha cidade ainda são pacatas e atentadas por outros demônios. Resolvo caminhar por elas. É a primeira vez que faço isso de madrugada depois das tentativas de dormir. Imagino o encontro com outros insones e o meu medo de enfrentar seus olhares. Olhares revelam muita coisa e hoje quero apenas dormir. O dia amanhece e o movimento das ruas aumenta. Porém, já não são mais as ruas de minha cidade. Um tanque de guerra me persegue e o olhar de uma criança ensangüentada clama ajuda. Passo por cima dela e demonstro o meu eterno egoísmo. Chego, então, à cozinha. Num golpe único, fecho por completo a torneira e a cabeça. Volto feliz à ilusão de minha vida...
(Gilmar)

21 julho 2006

Velha infância


Você é assim
Um sonho pra mim
E quando eu não te vejo
Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito
Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor
E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
Da gente brincar
Da nossa velha infância
Seus olhos meu clarão
Me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só
Você é assim
Um sonho pra mim
Quero te encher de beijos
Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito
Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor
E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
Da gente brincar
Da nossa velha infância.

18 julho 2006

Ausência

No campo vazio de meu pensamento, solto uma pipa imaginária, corro por pastos descampados e me imagino vivo...
Não tenho idéia onde isso tudo pode dar... E pena estar sem inspiração pra continuar... Queria ainda falar algo da lua e da mexeriqueira, que está lotada. Mas, o coração não sente e a cabeça não ajuda... Fazer o quê?

17 julho 2006

Sonho...

Antiontem sonhei que havia alugado um filme: O Fabuloso Destino de Amelie Poulain. Agora estou com medo de não sonhar com a devolução e ficar com um débito eterno na locadora...
(Gilmar)

14 julho 2006

Putz, que tédio!

O tédio é a falta de assunto apresentada na sua forma mais intensa: Dentro de nós! Arrumando minhas malas na casa vazia, deixo minha cabeça funcionando enquanto pratico atividades puramente manuais, como dobrar minhas meias. Depois de um tempo trancado dentro de mim, volto à consciência e começo a rir enquanto relembro o que se passou durante o tempo desligado: Na maioria das vezes, como retratado no filme "O homem que copiava", eu faço um gol. Não é qualquer gol. É um gol onde eu recebo um cruzamento da esquerda e entro de queixo no peito em pleno mineirão, batendo o goleiro e correndo de braços abertos. Em seguida, eu pulo as placas de publicidade, beijo o símbolo do galo e mando a torcida do Cruzeiro ir tomar no cú com a boca bem cheia (claro que o gol tinha que ser no cruzeiro, né? Senão não tem graça). Esse gol está dentro de mim, tão impregnado, que às vezes eu acredito que realmente fiz esse gol. O que muda é quem cruza a bola. Hoje, foi o GG. É que no fundo, bem no fundinho mesmo, eu sou uma alma caridosa. Quero que quem nunca fez nada de útil na vida tenha seu momento participativo na humanidade, então, credito o drible e o cruzamento que antecedem meu gol a ele. Às vezes, quando faço outros gols, principalmente dentro de um ônibus como o que estarei amanhã cedo. Em todos eles o goleiro (cruzeirense, com traços de Argentino), caído no chão, soca o gramado com a mão direita em sinal de revolta ante a sua incompetência. Queria imaginar que meu pai driblasse alguem tambem e tabelasse comigo mas essa jogada meu cérebro não processa, não sei se por causa da barriga do meu velho ou se é a saudade dele.Outro dia viajei que era o Ron Wood, dos Stones. Vcs não fazem idéia de como eu toco guitarra bem quando estou só fingindo!Toquei Foxxy Ladie com Jimmy Hendrix agorinha sentado à frente do computador. Sabe o que acontece sempre no final? Eu volto à realidade. Triste? Não...

08 julho 2006

Enfermaculum - Secre�es e Excre�es!

Enfermaculum - Secre�es e Excre�es!
à noite, todos os gatos são pardos, embora eu ache que o IBGE não deva concordar com isso. durante todo o dia de hoje, refletí bastante sobre o convite do nobre colega Gilmar para que eu exprima (ou esprema, dada a quantidade de coliformes que eu elimino a cada pensamento) sobre uma dúvida sem culpa que me surge e causa dor semelhante à do cálculo renal: Devo eu deixar aqui opiniões pertinentes ou excrachar e escrever o ilegível??? Bem, Gilmar, como agora sou frequentador assíduo e participativo deste espaço, resolví que vou ser o mais besta pssível, porquê acredito ter um talento in natura para a besteira que, como dizia Alfred E. Newman, é" a base da sabedoria". Portanto, eis- me aqui dando vazão a meus laivos de loucura e lendo- os (agora que reví as besteiras que escreví me deu vontade de rir, não tem nada a ver com nada... ). Fí- lo. Se fí- lo certo, não sei ao certo.
Abraço a todos
Ricardo Jardim Neiva

07 julho 2006

Limites

À noite, caminho em busca de coisas que não entendo. Procuro decifrar a vida, as pessoas e o gato em cima da árvore. Mas, para o gato, a vida continua indiferente de minha existência. Para ele, tudo é muito simples: ratos e gatas e muros e sono. Para ele, o mundo seria muito interessante se não existisse ninguém: a solidão é uma virtude. Por isso, gatos são filósofos que mostram a todo momento a importância de não se preocupar com o mundo, pois os grandes mistérios estão enclausurados dentro de nossas carcaças...
(Gilmar)