30 dezembro 2006

2 nOvO 7

Ponto final. O Zorro acabou de deixar cravado na porta do ano de 2006 o seu Z. A Globo acabou de passar os fatos mais importantes do ano, mesmo que eles pouco ou nada tenham influenciado a sua vida. Mas se a Globo disse que influenciou é porque deve ter influenciado mesmo. De alguma forma a copa do mundo, a chifrada do Zidane, o astronauta brasileiro, o touro doido da Espanha, o mensalão, o dossiê, o Lula, o James Brown ou o Adriano do Internacional devem ter mexido com você. E, de repente, estamos no dia 31 à tarde vendo a corrida de São Silvestre e pensando: putz, mais um ano. Para uns, deve faltar pouco para aquele carro novo, ou o casamento, ou o término da faculdade (tosse, tosse), ou o nascimento do filho, ou o pé na bunda do patrão. Para outros, pode ser o fim de um período ruim, com reprovações e perdas e chifres e amolações, ou início de um (toc, toc, toc). E há ainda aqueles que nada têm a dizer de 2006, pois passaram por ele como se passa por um desconhecido numa multidão.

Contudo, esse período é sempre um momento de reflexão. Ver onde erramos, em quais calos pisamos, porque deixamos de sorrir em algumas situações, para que não façamos isso em 2007. Pelo menos com as mesmas pessoas, pois uma hora elas podem se chatear de verdade.

Bem, chega de enrolação. Muita paz e serenidade no ano de 2007! Com muita sorte e pouca raiva, grandes amigos e pequenas desilusões, amor demais e nada de ódio...



Um grande 2007 a todos nós!!!

(Gilmar)

23 dezembro 2006

Natal!

Estou postando pra desejar um ótimo Natal a todos os membros ativos do blog e dizer que o meu desejo é que vocês continuem postando suas inutilidades; muitas vezes úteis; aqui!
Queria dizer também que eu odeio férias e que tá tudo muito ruim, que eu não tenho nada pra fazer e daí resolvi postar no blog.
Estou no Carlo postando, porque a droga da minha internet não funciona. Isso aconteceu porque eu aderi ao plano minutos e agora a telemar não consegue me manter na rede.

Bem é isso,

Feliz Natal a todos!

Mirian

11 dezembro 2006

Utilidade II: complemento

Enfermagem serve para distrair o doente, enquanto a natureza se encarrega de curá-lo. Ou matá-lo!!!

09 dezembro 2006

Cinza

No curto caminho de minha existência, pouco senti. Conheço nada de muito, muito de nada e mesmo assim finjo, de modo intransitivo. Sob a alaranjada luz do poente, vi cavalos alados vagando sem rumo, marias-fumaças fazendo suas esculturas no céu de cetim, gigantes perdidos arrancando pedaços de mim. Este meu mundo, de poucos saberes, de poucos sentires, de muito realismo, é cinza, e falta o colorido de uma mesa virada no centro da sala.
Gilmar

08 dezembro 2006

Amigos


Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.

E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências…

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.

Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.

Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo!

Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer…

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os.

Vinicius de Moraes (1913-1980)

07 dezembro 2006

Utilidade

Enfermagem serve para divertir o doente, enquanto a natureza se encarrega de curá-lo.
(adaptado de Voltaire)

Bonde da vida

E de repente acontece: o que era incerteza vai se tornando a bandeira de sua vida e alguns de seus dogmas tornam-se pó... O ciclo vital segue o seu rumo. Destruição e evolução de mãos dadas, caos e progresso contribuindo na formação do Universo... do seu universo.

(Gilmar)

03 dezembro 2006

Fim de noite!!!

O que importa?
Importa o amor e a vontade de viver juntos, de sentir o perfume ao final da noite, de ver um último sorriso antes de dormir...
Importa a lua como pano de fundo, os sapos como música, a fogueira como luz... Importam os amigos!
A vida pode ser muito simples... Nada de muita sofisticação, de muita badalação... Apenas o sorriso da mulher amada, a risada dos amigos de mesa e a satisfação do objetivo alcançado (ou pelo menos a certeza de continuar no caminho certo).

16 novembro 2006

...


"Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas
insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca
pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger, já dei risada quando não podia, fiz amigos
eternos, amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas,
"quebrei a cara" muitas vezes!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos, já liguei só pra escutar uma
voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)!
Mas vivi! E ainda vivo! Não passo pela vida".


"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida e viver com
paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem
se atreve e a vida é MUITO boa para ser insignificante."

(Charles Chaplin)

04 novembro 2006

Além do Véu de Maya - Tribo de Jah

Rio de Janeiro no inverno
A brisa é fria mas o frio é eterno
Eu sigo a orla ao longo da Barra
A tarde avança mas ainda é clara
Não me é estranha essa sensação de caminhar a esmo
Seguir sem direção, só, comigo mesmo
Sem me importar em ir ou voltar
Sem ter que chegar a algum lugar
Andar, andar, até cansar

Não interessa o que aconteça
Eu não tenho pressa
Embora não pareça a vida não cessa
Eu sei, depois dessa ela prossegue ou só recomeça

Eu sinto o Sol
Eu sinto o seu calor ameno
Eu sigo só
Só, eu sigo, comigo mesmo

Eu sei que você pensa em mim e lembra de mim
Mas eu não sou assim como você vê
Como você pensa que eu possa ser

Você vê o meu corpo e pensa que sou eu
Ele não é eu ele não é meu
É só uma dádiva dada emprestada
Deus foi quem me deu por breve temporada
É só uma roupagem, densa embalagem
Que não me pertence
Aliás, nada me pertence nesse mundo
Tudo é transitório, tudo é ilusório
Ainda que se pense que o que se vê é pura realidade
Na verdade, o que se está a ver
Não é mais que um lapso
Distorcido da eternidade

O Sol se esvai
A noite cai tão sutilmente
Conforme o Sol se vai
Eu sinto a terra girar quase que imperceptivelmente
Assim a gente vai
Seguindo rumos tão diferentes
Caminhos desiguais
Mais e mais distantes, continuamente
Mais e mais distantes, definitivamente

A cidade é um corpo disforme
Que se espalha enorme sobre a crosta terrena
Uma intrigante cena ela desperta e dorme
E deixa alguns espasmos
Ou então se consome em todo o seu marasmo
Um mundo formigante, milhões de habitantes
Todos tão imersos em seus universos
Presos aos grilhões do não saber
Das limitações de todo ser vivente dessa dimensão
Almas presas aos corpos
Sob espesso véu de ilusão
Até que estes estejam mortos
Deixarão então essa condição
E verão que corpo é só casual
Composição genética, constituição carnal
Eu poderia nascer indiano, sino africano, viver muitos anos
Pra depois morrer e voltar a nascer
Como alemão ou americano
Porque então tanta animosidade
Se alma não tem nacionalidade
Alma não tem cor, alma não tem sexo
Esse papo de alma gêmea não tem nexo

Eu vejo o céu,
Atrás do véu de ilusão
Um doce lar,
Além do mar da imensidão.

22 outubro 2006

SAD & MASO

As dúvidas ligadas a minha sexualidade devem ser encaminhadas para o Serviço de Atendimento Domiciliar: SAD (and MASO, para os íntimos) no item "coments " logo abaixo. Por favor, deixem endereço e telefone e informações sobre o horário em que o patrão não estará em casa. Comentários masculinos não serão respondidos.
(Gilmar)

Obs: Kézia, por favor, não leve essa tentativa de piada a sério. Ou melhor: pessoal, nunca me levem muito a sério...

20 outubro 2006

Enfermaculum - Secre�es e Excre�es!

Vai Passar- Chico Buarque

Vai passar nessa avenida um samba popularCada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiarAo lembrar que aqui passaram sambas imortaisQue aqui sangraram pelos nossos pésQue aqui sambaram nossos ancestraisNum tempo página infeliz da nossa história, passagem desbotada na memóriaDas nossas novas geraçõesDormia a nossa pátria mãe tão distraída sem perceber que era subtraídaEm tenebrosas transaçõesSeus filhos erravam cegos pelo continente, levavam pedras feito penitentesErguendo estranhas catedraisE um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugazUma ofegante epidemia que se chamava carnaval, o carnaval, ocarnavalVai passar, palmas pra ala dos barões famintosO bloco dos napoleões retintos e os pigmeus do boulevardMeu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantarA evolução da liberdade até o dia clarearAi que vida boa, o lelê, ai que vida boa, o laláO estandarte do sanatório geral vai passar....

Homenagem ao amigo Gilmar, que além de doido e gay, é gente boníssima.

15 outubro 2006

Tempo perdido

"Veja o sol dessa manhã tão cinza: a tempestade que chega é da cor dos teus olhos castanhos.
Então me abraça forte e diz mais uma vez que já estamos distantes de tudo.
Temos nosso próprio tempo."

11 outubro 2006

Ainda respiro...

Este blog não está morto. Provas e serviço demais na farmácia têm me impedido de continuar exercitando uma das coisas que mais gosto de fazer (apesar de muitas vezes ser apenas inutilidades): escrever. Creio que estão todos mais ou menos assim. Tomara que o tempo deixe de ser um companheiro tão implacável...
Gilmar

11 setembro 2006

Orkutianas II

Não me sinto ameaçado pelo Irã.

Por Georges Bourdoukan.

Por que o Irã não pode ter a bomba atômica?
O Ocidente, através de seu porta-voz George Bush, responde: “Porque o Irã não está preparado para viver no seio das nações civilizadas”.
Mas o que o Irã pode fazer que o Ocidente já não fez?
A inquisição?
Isso o Ocidente civilizado já fez.
Ocupar, saquear e transformar o continente africano em colônia?
Isso o Ocidente civilizado já fez.
Ocupar, saquear e colonizar o continente asiático?
Isso o Ocidente civilizado já fez.
Provocar a Primeira Guerra Mundial?
Isso o Ocidente civilizado já fez.
Provocar a Segunda Guerra Mundial?
Isso o Ocidente civilizado já fez.
Jogar a bomba atômica sobre Hiroshima?
Isso o Ocidente civilizado já fez.
Jogar a bomba atômica sobre Nagasaki?
Isso o Ocidente civilizado já fez.
Invadir o Iraque e destruir mais de 35 mil sítios arqueológicos?
Isso o Ocidente civilizado já fez.
Realmente o Ocidente tem razão. O Irã não está preparado para viver no seio das nações civilizadas.
In: http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=13210775419922212769

09 setembro 2006

Orkutianas

Imagine um balde. Um balde comum, com água até a metade, vermelho, de plástico e com alça de alumínio. Agora, imagine uma sala. Azul-clara, com margaridas em um dos cantos e um sofá bege com listras pretas encostado em umas das paredes. Eu sou o cara que está entrando agora pela porta e não sabe se senta no sofá ou se chuta o balde...
(Gilmar)

07 setembro 2006

Enfermaculum - Secre�es e Excre�es!

I have no Doubts

Estava mais angustiado, que um goleiro na hora do gol.... Cervejinha pós aula é muito bom. A conversa, que neste caso foi quase um monólogo de minha parte, me fez pensar. De que vale mesmo a corrida em busca de uma satisfação que está realmente escondida no caminho trilhado, e não no fim do percurso? Por que será que a satisfação existente na conquista não dura mais que poucos meses? Será que me sentirei assim depois da formatura? A propósito, outra coisa me veio à mente. o velhinho Quaker está usando beca ou trajes de época? Se estava usando Beca, onde ele se formou? Que curso fazia?

Não se aflijam quanto a interpretação de exames. Aquilo lá é livre interpretação. Imagine os bastonetes de auer como sendo sorvete, uma árvore, crinaças soltando pipa numa tarde de sol...... O importante é entender que, assim como tudo que estudamos, podemos sempre ir mais a fundo, perguntar mais, querer mais.

Gilmar, obrigado pela manifestação de afeto por meio da música. Talvez nossa identificação com Belchior se dê exatamente no brilhante trecho que fala a respeito de um rapaz latino americano sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindo do interior.....

Fantasiemos- nos quanto mais possível com nossos erros, e finjamos que a perfeição é facilmente vista na rua. Que dentro de mim, está o super- herói, aquele que insite na coragem, buscando por fim refúgio em colo de mãe. resumindo, sejamos algo que não somos, só pra distrair. A metamorfose ambulante. Apenas para romper com o equilíbrio estático e chato que rodeia todo o mundo correto que aí está. Provavelmente, foi um cara insatisfeito com a realidade (assim como eu) que inventou a representação. Amanhã, por exemplo, sairei pra rua pelado só porquê, desde o dia que a minha mãe me disse pra usar roupas, nunca mais saí pelado. Todo dia uso roupas. Em seguida, comerei um ovo e jiló, só porquê nunca como ovo nem jiló. Aliás, porquê eu não gosto de jiló? Nem eu mesmo sei! E se for bom? E se meu cérebro estiver me enganando esses anos todos? E se a realidade for uma mentira contada por um velho loroteiro internado num asilo, jogador de baralho, que inventou tudo e se chama Deus?

Ricardo Jardim Neiva

03 setembro 2006

Busca

Tropeçou em suas próprias pernas e o chão lhe serviu de abrigo como se fosse os braços da mulher amada. Permaneceu ali, inerte, até o sol esquentar-lhe o dorso. Levantou e correu sem saber quem era, onde estava e pra onde iria. Conseguira, depois de muita busca, descobrir a sua verdade: nada sabia sobre si mesmo, apenas que precisava correr. Vontade vinda, dessas incontroláveis. E correu. Correu como correm os desesperados de uma guerra, a presa de uma onça faminta. E pra sua sorte, sobreviveu a essa batalha subjetiva quando encontrou Maria, paixão de infância, pois deixou de buscar a verdade de si mesmo para novamente se entregar a ela.
O amor não pede explicações.
(Gilmar)

02 setembro 2006

À Palo Seco

Se você vier me perguntar por onde andei
No tempo em que você sonhava
De olhos abertos lhe direi
Amigo eu me desesperava

Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em 73
Mas ando mesmo descontente
Desesperadamente eu grito em português

Tenho 25 anos de sonho e de sangue
E de América do Sul
Por força desse destino
O tango argentino me vai bem melhor que o blues

Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em 73
Eu quero que esse canto torto
Feito faca corte a carne de vocês

Em homenagem ao Ricardo, que tá meio sumido daqui...
(Gilmar)

29 agosto 2006

Hoje...

Hoje
Trago em meu corpo as marcas do meu tempo
Meu desespero a vida num momento
A fossa, a fome, a flor, o fim do mundo

Hoje
Trago no olhar imagens distorcidas
Pois viagens, mãos desconhecidas
Trazem a lua, a rua às minhas mãos

Mas hoje,
As minhas mãos enfraquecidas e vazias
Procuram nuas pelas luas, pelas ruas
Na solidão das noites frias por você

Hoje
Homens sem medo aportam no futuro
Eu tenho medo acordo e te procuro
Meu quarto escuro é inerte como a morte

Hoje
Homens de aço esperam da ciência
Eu desespero e abraço a tua ausência
Que é o que me resta, vivo em minha sorte

Ah, sorte
Eu não queria a juventude assim perdida
Eu não queria andar morrendo pela vida
Eu não queria amar assim
Como eu te amei
...

(Taiguara)

28 agosto 2006

Um pouco mais...

Só quero viver um pouco mais... Molhar um pouco mais os cabelos com a chuva, gritar um pouco mais alto, beijar um pouco mais e abraçar sentindo um pouco mais seu coração...

25 agosto 2006

O amor...

"Não sei se dentro de você existe um pouco de mim, mas dentro de mim existe muito de você,+ mesmo asssim...Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento...Duvidar de tudo ou crer em tudo...São duas soluções igualmente cômodas, que nos dispensam ambas de refletir..Te amar é deixar-me envolver. É entregar-me ao nosso momento, à sensação, ao sentimento..viver com vc é abandonar-me sem medo, sentir plenamente cada movimento...é gritar bem alto, deixando vir de dentro a alegria de estar amando...assumir de corpo inteiro e não só no pensamento...viver é amar sem medo.
Existem amores...e existe um amor especial, apenas uma vez em nossas vidas... este tipo de amor pertence ao Céu, é incondicional e ele será para sempre... como uma marca cósmica, uma infinita lágrima de alegria e um abraço sem fim! O difícil é descobri-lo, discerní-lo, em meio às tempestades do nosso coração.
O amor nasce com o olhar. Dos olhos passa para o coração que enxerga muito mais. Quando você vê, a paixão virou amor: uma confusão de sinais, impulsos e palavras. Às vezes você não vê mais nada - é quando dizem que o amor é cego. Mais que isso: que o amor é td!! E as vezes nem precisa ser td .. pq simplesmente nos completa...

Ai me Deus se eu pudesse..pq só o meu querer não adianta..."

Segundo a Carolzinha (desculpe por publicar sem permissão...)

24 agosto 2006

...


O que falhei deveras não tem esperança nenhuma

Em sistema metafísico nenhum.

Pode ser que para outro mundo eu possa levar o que sonhei,

Mas poderei eu levar para outro mundo o que me esqueci de sonhar? Esses sim, os sonhos por haver, é que são o cadáver.

Enterro-o no meu coração para sempre, para todo o tempo, para todos os universos,

Nesta noite em que não durmo, e o sossego me cerca

Como uma verdade de que não partilho,

E lá fora o luar, como a esperança que não tenho, é invisível p'ra mim.

(Álvaro de Campos)

13 agosto 2006

Hein?

Na minha escuridão, vejo estrelas e me contento. A ilusão de seu brilho ultrapassa a linha reta de minha vida, trazendo a chance de retomar o que há muito insiste em permanecer escondido no canto mais bem guardado dos meus mais loucos segredos...

06 agosto 2006

Isto não é uma reclamação

Esta semana dormi sempre depois da uma da manhã. Percebi a melhora dos meus pensamentos à noite. Minha imaginação vai mais longe. Agora, por exemplo... pensei: certeza que entrarei no UOL e a seguinte manchete estará estampada: "Mundo inicia o seu fim no Japão. Catástrofe chegará ao Brasil em algumas horas". Mas, pra sorte sua e minha (por incrível que pareça, ando muito feliz nos últimos tempos) li: "Lula fará campanha sem ataque à oposição". Espero que esta manchete seja o começo de um tempo de harmonia e paz. E que o mundo demore um pouquinho mais para acabar.

26 julho 2006

Eu falei que não era o Buk!

"Quem disse que eu estou solitário? Só por que estou sentado aqui, nesse balcão de bar, sem nenhuma pessoa por perto, não quer dizer que eu esteja solitário. Prefiro isso a ter que dividir bons momentos como esse, com comentários impertinentes sobre qualquer banalidade que possa estar acontecendo por aí afora. Que tenho eu a ver com essa história de guerra ou sei lá o que? Minha guerra é interior. Entendo que se eu estivesse em guerra, haveria só um ferido, eu mesmo. As pessoa tendem a generalizar e a dramatizar tudo. Gosto de beber sozinho, e daí? Gosto de fazer várias coisas sozinho, não preciso da aprovação de ninguém na minha vida. A única coisa que me chateia um pouco é na hora do sexo. É impossível fazer isso sozinho. Aí sim me sinto solitário, então saio de casa e venho pra cá beber."

Rubens K.

25 julho 2006

Poliglota

De acordo com minha sobrinha, Dona Chica admirou-se, na verdade, quando o gato berrou não o seu tradicional miau, mas sim um alto e estrondoso au-au. Aquele não era o comportamento desejado do pobre gatinho, mas se alguém também me atirasse um pau, era bem provável que eu xingasse em alemão até a quinta geração do fidumaputa do autor... Adoro as lições da Gaby!

24 julho 2006

Relembrando...

"Quem disse que eu estou solitário? Só por que estou sentado aqui, nesse balcão de bar, sem nenhuma pessoa por perto, não quer dizer que eu esteja solitário. Prefiro isso a ter que dividir bons momentos como esse, com comentários impertinentes sobre qualquer banalidade que possa estar acontecendo por aí afora. Que tenho eu a ver com essa história de guerra ou sei lá o que? Minha guerra é interior. Entendo que se eu estivesse em guerra, haveria só um ferido, eu mesmo. As pessoa tendem a generalizar e a dramatizar tudo. Gosto de beber sozinho, e daí? Gosto de fazer várias coisas sozinho, não preciso da aprovação de ninguém na minha vida. A única coisa que me chateia um pouco é na hora do sexo. É impossível fazer isso sozinho. Aí sim me sinto solitário, então saio de casa e venho pra cá beber." (Charles Bukowski)
(Gilmar apud Mirian, no bom sentido, claro...)

Sono

O barulho da torneira da cozinha insistia em conduzir minha noite. Despertos, mente e corpo não encontraram o ponto de equilíbrio para o tão esperado descanso. O acúmulo louco de atividades nos últimos dias seria motivo de sobra para isso, porém um escudo mental aliado ao tec-tec da água adiaram por mais algumas horas o desligamento do mundo. As mil e uma táticas de obtenção do sono passaram longe de surtir efeito e o jeito foi levantar e tomar mais um pouco de vinho.
Na televisão, uma criança morta na guerra sem fim do Oriente Médio. Os demônios do homem brindam taças espumantes de sangue. Não há heróis nem bandidos. Apenas tristeza.
As ruas de minha cidade ainda são pacatas e atentadas por outros demônios. Resolvo caminhar por elas. É a primeira vez que faço isso de madrugada depois das tentativas de dormir. Imagino o encontro com outros insones e o meu medo de enfrentar seus olhares. Olhares revelam muita coisa e hoje quero apenas dormir. O dia amanhece e o movimento das ruas aumenta. Porém, já não são mais as ruas de minha cidade. Um tanque de guerra me persegue e o olhar de uma criança ensangüentada clama ajuda. Passo por cima dela e demonstro o meu eterno egoísmo. Chego, então, à cozinha. Num golpe único, fecho por completo a torneira e a cabeça. Volto feliz à ilusão de minha vida...
(Gilmar)

21 julho 2006

Velha infância


Você é assim
Um sonho pra mim
E quando eu não te vejo
Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito
Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor
E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
Da gente brincar
Da nossa velha infância
Seus olhos meu clarão
Me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só
Você é assim
Um sonho pra mim
Quero te encher de beijos
Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito
Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor
E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
Da gente brincar
Da nossa velha infância.

18 julho 2006

Ausência

No campo vazio de meu pensamento, solto uma pipa imaginária, corro por pastos descampados e me imagino vivo...
Não tenho idéia onde isso tudo pode dar... E pena estar sem inspiração pra continuar... Queria ainda falar algo da lua e da mexeriqueira, que está lotada. Mas, o coração não sente e a cabeça não ajuda... Fazer o quê?

17 julho 2006

Sonho...

Antiontem sonhei que havia alugado um filme: O Fabuloso Destino de Amelie Poulain. Agora estou com medo de não sonhar com a devolução e ficar com um débito eterno na locadora...
(Gilmar)

14 julho 2006

Putz, que tédio!

O tédio é a falta de assunto apresentada na sua forma mais intensa: Dentro de nós! Arrumando minhas malas na casa vazia, deixo minha cabeça funcionando enquanto pratico atividades puramente manuais, como dobrar minhas meias. Depois de um tempo trancado dentro de mim, volto à consciência e começo a rir enquanto relembro o que se passou durante o tempo desligado: Na maioria das vezes, como retratado no filme "O homem que copiava", eu faço um gol. Não é qualquer gol. É um gol onde eu recebo um cruzamento da esquerda e entro de queixo no peito em pleno mineirão, batendo o goleiro e correndo de braços abertos. Em seguida, eu pulo as placas de publicidade, beijo o símbolo do galo e mando a torcida do Cruzeiro ir tomar no cú com a boca bem cheia (claro que o gol tinha que ser no cruzeiro, né? Senão não tem graça). Esse gol está dentro de mim, tão impregnado, que às vezes eu acredito que realmente fiz esse gol. O que muda é quem cruza a bola. Hoje, foi o GG. É que no fundo, bem no fundinho mesmo, eu sou uma alma caridosa. Quero que quem nunca fez nada de útil na vida tenha seu momento participativo na humanidade, então, credito o drible e o cruzamento que antecedem meu gol a ele. Às vezes, quando faço outros gols, principalmente dentro de um ônibus como o que estarei amanhã cedo. Em todos eles o goleiro (cruzeirense, com traços de Argentino), caído no chão, soca o gramado com a mão direita em sinal de revolta ante a sua incompetência. Queria imaginar que meu pai driblasse alguem tambem e tabelasse comigo mas essa jogada meu cérebro não processa, não sei se por causa da barriga do meu velho ou se é a saudade dele.Outro dia viajei que era o Ron Wood, dos Stones. Vcs não fazem idéia de como eu toco guitarra bem quando estou só fingindo!Toquei Foxxy Ladie com Jimmy Hendrix agorinha sentado à frente do computador. Sabe o que acontece sempre no final? Eu volto à realidade. Triste? Não...

08 julho 2006

Enfermaculum - Secre�es e Excre�es!

Enfermaculum - Secre�es e Excre�es!
à noite, todos os gatos são pardos, embora eu ache que o IBGE não deva concordar com isso. durante todo o dia de hoje, refletí bastante sobre o convite do nobre colega Gilmar para que eu exprima (ou esprema, dada a quantidade de coliformes que eu elimino a cada pensamento) sobre uma dúvida sem culpa que me surge e causa dor semelhante à do cálculo renal: Devo eu deixar aqui opiniões pertinentes ou excrachar e escrever o ilegível??? Bem, Gilmar, como agora sou frequentador assíduo e participativo deste espaço, resolví que vou ser o mais besta pssível, porquê acredito ter um talento in natura para a besteira que, como dizia Alfred E. Newman, é" a base da sabedoria". Portanto, eis- me aqui dando vazão a meus laivos de loucura e lendo- os (agora que reví as besteiras que escreví me deu vontade de rir, não tem nada a ver com nada... ). Fí- lo. Se fí- lo certo, não sei ao certo.
Abraço a todos
Ricardo Jardim Neiva

07 julho 2006

Limites

À noite, caminho em busca de coisas que não entendo. Procuro decifrar a vida, as pessoas e o gato em cima da árvore. Mas, para o gato, a vida continua indiferente de minha existência. Para ele, tudo é muito simples: ratos e gatas e muros e sono. Para ele, o mundo seria muito interessante se não existisse ninguém: a solidão é uma virtude. Por isso, gatos são filósofos que mostram a todo momento a importância de não se preocupar com o mundo, pois os grandes mistérios estão enclausurados dentro de nossas carcaças...
(Gilmar)

30 junho 2006

Olha só o Danilo!!!!!!!!!!!!!


Olhem também o Gilmar Padre ao fundo!
Hehehehehe!!!!!!!!!!

Será que acabou?


Repito a mesma pergunta da Marcela, será?
Reclamamos tanto de ter tantaaaaaaa coisa pra fazer, mas quando a facul entra em férias, meu coração fica vazio...
Vou sentir falta...
Mas logo chega agosto, e tudo recomeça, e a gente fica querendo que acabe de novo!
A vida é assim!
Eu xingo, mas amo todos vocês!

CAMBADA!!!!!!!!!!!!!!!!!
Pra comemorar tem fotinha da festa no Recanto!

Beijos
Mirian

18 junho 2006

Coragem, falta de

Bah! Chega disso tudo. As coisas não saem do lugar. Eu, principalmente. Passou da hora de um ato de coragem. De uma pedra na vidraça. De uma sutura no joelho. De um vôo meio sem rumo. Como uma broca, conhecer o centro da Terra e me conhecer. Algum dia saberei? Talvez (!) um dia tudo pare. Mas o que é esse tudo? Um chute bem dado numa bola de criança, um salto de árvore em árvore pela densa floresta de minha finitude, um choro numa triste tarde de uma tarde triste. Então, tudo é muito pouco. E a graça da vida está nisso. Cada célula carrega consigo todos os mistérios. E todos os mistérios estão aí, não ao nosso lado, mas dentro de nós. Eu sou tudo e cada dia mais não sou nada. E nado num mar louco de revoluções. Em busca de mim.

15 junho 2006

O demorado fim...

Alguém poderia me explicar este período? As angústias do Ricardo, Décio e Leandro me contaminaram... Quero apenas que chegue julho logo e novos sonhos surjam...

11 junho 2006

Piadinha...

Seo João, motorista, e o padre se encontram à porta de entrada do céu. Deus, após os cumprimentos iniciais, sentencia:
-Seo João, por favor, dirija-se por esta porta - mostrando o caminho do céu. O senhor, padre, pode descer para o inferno.
O padre, sem entender, tenta argumentar:
-Mas, Deus, fui um servo fiel ao Senhor em toda minha vida, rezei infinitas missas, batizei e casei milhares de pessoas... não consigo entender!
Deus, então, com sua sabedoria, justifica-se:
-Meu filho, é simples. O importante é sempre o resultado. Quando o senhor rezava as missas, todo mundo dormia. Já o Seo João, quando dirigia, todo mundo rezava.

Ouvi essa depois do jogo da Argentina. Faz sentido.
Gilmar

Combate com o inimigo...

Recebi essa frase esses dias de um freguês e amigo lá da farmácia:
"Se você quiser fazer inimigos, tente mudar alguma coisa."

Queria ter mais inimigos!!!
(Gilmar)

28 maio 2006

20 maio 2006

Trabalhos...

A apresentação dos trabalhos, principalmente os de sexualidade, tem ensinado muito... Mesmo parecendo que alguns professores têm utilizado essa prática para fugir da necessidade de dar aula, é importante aproveitarmos estas oportunidades para ensinar e aprender... E muitos grupos têm feito isso. Ontem, o Kléber e companhia deram show!!!
(Gilmar)

16 maio 2006

NO CAMINHO, COM MAIAKÓVSKI


(Robert Mapplethorpe)
(...)Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada (...)

EDUARDO ALVES DA COSTA
Niterói, RJ, 1936.

Atual, não?
Gilmar

15 maio 2006

Reconhecimento

Pra quem vivia reclamando que quase ninguém postava nada por aqui além dos tradicionalistas bloguei(só pra lembrar, quando se fala de "guei" eleve seu pensamento ao Danilo)ros de plantão, fiquei feliz e surpreso com essa boa brisa (chuva seria meio forte, né?) de posts. Nunca percam esse hábito, pessoal. Logo vou "poder estar postando" algo por aqui também. Antes que pensem se tratar de desinteresse crônico, passo apenas por mais uma fase de DMET (desorganição maldita e efetiva do meu tempo).
Gilmar, contrabandista de sentimentos e descobridor dos efeitos da picada (no bom sentido) da mosca tsé-tsé.

14 maio 2006

" NÃO PERMITA QUE O MEDO DESTRUA SEUS SONHOS NEM QUE A MONOTONIA IMPEÇA VC DE ALÇAR NOVOS VÔOS,PORQUE PARA QUE A BORBOLETA VOE ELA PRECISA DEIXAR SEU CASULO E ENFRENTAR ALGO NOVO E MAIOR PARA ELA E PARA QUE POSSAMOS VENCER,É PRECISO QUE DEIXEMOS PRECONCEITOS,TRAUMAS,ESTIGMAS E PENSAMENTOS MESQUINHOS DE LADO...E QUE SAIBAMOS QUE FAREMOS ISSO PARA MELHOR;NÃO VISANDO APENAS O BEM INDIVIDUAL,MAS SIM O COLETIVO,PORQUE O QUE FAZEMOS DE BOM APENAS PARA NÓS MESMOS É MUITO POUCO PARA SATISFAZER-NOS E AQUILO QUE PROMOVEMOS PARA UMA COMUNIDADE INTEIRA ALÉM DE MAIS GRATIFICANTE É TAMBÉM O SIGNIFICADO MAIOR DE PORQUE E DE QUE PARA QUÊ ESTAMOS AQUI HOJE...E SE AMANHÃ NÃO NOS ENCONTRARMOS MAIS POR ESTAS ANDANÇAS SABEREMOS QUE NÃO LUTAMOS EM VÃO E QUE POR MAIS CURTA QUE SEJA NOSSA PASSAGEM DEIXAMOS UM POUCO DE NÓS PARA A POSTERIDADE;MAS TEMOS QUE BATALHAR PARA DEIXAR MARCAS BOAS PORQUE SE DEIXAMOS CICATRIZES CARREGADAS DE SOFRIMENTO,ANGÚSTIA,TRISTEZA,ENFIM DE COISAS RUINS...OS QUE VIRÃO DEPOIS AINDA SOFRERÃO COM TAIS TRAÇOS E NÃO SERÃO COMO AS BORBOLETAS EM BUSCA DE LIBERDADE E VITALIDADE....MORRERÃO ANTES MESMO DE VENCER O CASULO..."
Bruna de Andrade Lima,mas podem chamar de BRUNÍSSIMA...rsrsrs e ah desculpem por esse texto mas eu o fiz essa semana e pensei q seria interessante postar aki p vcs...bj a todos....

Olha q lindo!!!!

Ponho os meus olhos em você
Se você está
Dono dos meus olhos é você
Avião no ar
Dia pra esses olhos sem te ver
É como o chão do mar
Liga o radio a pilha a tv
Só pra você escutar
A nova música que eu fiz agora
Lá fora a rua vazia chora

Os meus olhos vidram ao te ver
São dois fãs, um par
Pus no olhos vidros pra poder
Melhor te enxergar
Luz nos olhos para anoitecer
É só você se afastar
Pinta os lábios para escrever
A tua boca em mim
Que a nossa música eu fiz agora
Lá fora a lua irradia a gloria
E eu te chamo
Eu te peço vem
Diga que você me quer
Porque eu te
Quero também

Faço as pazes lembrando
Passo as tardes tentando
Lhe telefonar
Cartazes te procurando
Aeronaves seguem pousando
Sem você desembarcar
Pra eu te dar a mão nessa hora
Levar as malas pro Fusca lá fora
E eu vou guiando
Eu te espero vem
Siga aonde vão meus pés
Porque eu te sigo tambémEu te amo, ooo...
Eu te peço vem
Diga que você me quer
Porque eu teQuero também..................
.................Nando Reis...luz dos olhos

LARISSA---------------ahahaiahi coração

Se lutamos por causas comuns, provavelmente nos engajaremos em grupos cujas idéias também tenham o mesmo propósito que as nossas, embora isso não signifique pensar igual. Porém, se permanecemos em um grupo cuja ideologia massacra nossos conceitos e vontades próprias, os massacrados somos nós mesmos, por livre e espontânea vontade.
Mas, caso estejamos num conjunto, que nos é imposto, como por exemplo executar determinada atividade apenas pelo salário, a situação muda, porque olharemos de modo diferente para aquilo que seria apenas mais grupo de trabalho, estudo, social ou comunitário; veremos que: nossos desejos já não serão mais como poderiam ser antes; nossas falas deverão ser medidas e controladas; certas atitudes, antes tidas como normais por nós, também precisarão de um freio; e vontade aqui não será sinônimo de realização; porque há outros interesses inclusos quando um determinado grupo de pessoas se reúne para uma discussão. Veremos o individual passando a ser o coletivo, coisa essa que nos é de certa forma imposta e que o pensamento único e exclusivo em nosso umbigo passa a ser o pensamento de outros mais umbigos.
Aí surgem os problemas. Pessoas diferentes juntas, trabalhando num mesmo local, embora isso não signifique batalhar pelos mesmos ideais, uma vez que cada um de nós é um ser singular em constante construção, e isso permite inúmeras transformações sempre. Mas, esse transformar não significa mudar para agradar o outro, deixar de acreditar num propósito porque a maioria esmagadora não pensa dessa maneira, que essa transformação seja para o enriquecimento pessoal de cada um, a fim de se buscar uma melhoria na própria vida, no modo de pensar e agir.
O sistema vigente não quer nossa mudança para que sejamos pessoas melhores no mundo e para nós mesmos, quer que mudemos para manter, de modo mais fácil, o controle sobre cada um de nós, fazendo-nos trabalhar mais e mais sempre, sem questionar porque nosso pensamento estará tomado, impossibilitando o nosso questionamento sobre se o que estamos fazendo é o melhor a ser feito mesmo. Esse é o perigo. Porque de pessoas únicas, singulares, passamos a seres massificados, sem a essência individual de cada um, sem aquilo que nos torna os seres mais especiais, perdendo o nosso livre arbítrio sobre escolhas que a vida nos apresenta cotidianamente, para seguirmos o modelo estrutural de uma sociedade, onde reina o autoritarismo e consumismo, sendo que somos tomados por esses dois sem que percebamos,porque a coisa é feita de uma forma tão natural que acreditamos que tudo isso na verdade é o melhor mesmo para toda a população.
Não vamos esperar nascer um novo dia para que comecemos a mudança interior, pois pode ser que o amanhã acabe para alguns de nós sem que tenhamos feito nossa vida ser diferente. O presente nos dá a grande chance de ao menos tentar. Se vamos conseguir,eis a questão. Mas, fica aqui o imenso desejo de que comecemos agora, porque culpar os outros pelo nosso insucesso é fácil demais. Difícil é questionar a si mesmo onde foi que erramos e o porquê disso ter acontecido e não apenas reconhecer esse erro, mas também buscar na nossa força interior a chave para construirmos o sucesso, tanto profissional como pessoal. Pois, se um dia tivermos a oportunidade de olhar pra trás veremos que nada foi em vão e que valeu sim a pena ter vivido como vivemos, sem culpas ou arrependimentos...
Bruna de Andrade Lima

Até que enfim!

Nunca consigo postar nada!
Esse blog tá pifando!
Mas eu estou muito calma e apaixonada hoje, e depois do curso da Dra. Tereza prometi para as meninas que não iria xingar mais...
Então, vou postar uma poesia do Pablo Neruda, linda!

Te Quero ( Pablo Neruda)

Não te quero senão porque te quero
E de querer-te a não querer-te chego
E de esperar-te quando não te espero
Passa meu coração do frio ao fogo.

Te quero só porque a ti te quero,
Te odeio sem fim, e odiando-te rogo,
E a medida de meu amor viageiro
É não ver-te e amar-te como um cego.

Talvez consumirá a luz de janeiro
Seu raio cruel, meu coração inteiro,
Roubando-me a chave do sossego.

Nesta história só eu morro
E morrerei de amor porque te quero,
Porque te quero, amor, a sangue e a fogo.

07 maio 2006

Pequeno dicionário de uma madrugada sem idéias...

O corpo. Essa máquina louca, com muitas vontades e algumas satisfações. Incontrolável, amplo, complexo e nosso, intimamente nosso.
A mente. Ditadora e democrata. Cria e corta asas com a mesma facilidade. Perversa, amiga, infinita e conservadora. Perguntas sem resposta. Respostas sem pergunta.
O mundo. Agora: lindo e maravilhoso. Ontem ou daqui a pouco: o pior lugar. Minúsculo e gigante. Meu, mas muito mais deles. E, no fundo, de ninguém.
Eu. Mistura confusa de tudo que o rodeia. Acredita num mundo melhor, com mente e corpo em harmonia, mas vive em eterna luta. Mistério.
Coração. Órgão intimamente ligado aos sentidos. Chora, ri, pula, dança, beija, cai. Sente. Pode se petrificar. Importante a manutenção de uma alimentação balanceada.
O Olhar. Diz tudo, mesmo quando a boca insiste em tentar enganar. Quando triste, o enigma aumenta. Quando apaixonado, ilumina o coração.
Sexo. Corpo, mente, mundo, eu e coração. Depende exaustivamente de olhares e sentires. Pode se ligar ao amor. Torna-se magnífico quando isso acontece.
Amor. Força inexplicável de união. Capacidade de abrir-se ao mundo e sorrir. O melhor sentimento invetado pelo homem.

05 maio 2006

Só para lembrar...

Este blog não está morto, apenas passa por um período de desanteção... Ajudem-me a alimentá-lo...
(Gilmar)

28 abril 2006

Os Sonhos

O que falhei deveras não tem esperança nenhuma
Em sistema metafísico nenhum.
Pode ser que para outro mundo eu possa levar o que sonhei,
Mas poderei eu levar para outro mundo o que me esqueci de sonhar? Esses sim, os sonhos por haver, é que são o cadáver.
Enterro-o no meu coração para sempre, para todo o tempo, para todos os universos,
Nesta noite em que não durmo, e o sossego me cerca
Como uma verdade de que não partilho,
E lá fora o luar, como a esperança que não tenho, é invisível p'ra mim.
(Fernando Pessoa -Álvaro de Campos)


Sempre revivo ótimos sonhos e poesias com sua sensibilidade , Cris. Obrigado!

23 abril 2006

Sociedade

O Tempo. Esta entidade maluca que me domina completamente. E faz de mim gato e sapato. Igual a um rolo compressor, esmaga minha finitude, como faria a um grão de areia. E apesar de tudo isso, resisto e não me divido. Continuo íntegro. Tentando conviver com ele. Estou descobrindo a impossibilidade de dominá-lo e a necessidade de torná-lo meu sócio. Vamos ver se ele aceita.
Gilmar

14 abril 2006

Sorte!

Uma das melhores coisas que acontecem é ganhar algo que não se esperava. Melhor ainda quando se precisava muito.

11 abril 2006

Os Estatutos do Homem










(Thiago de Mello)

Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.

Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.

Artigo III
Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.

Artigo IV
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.

Parágrafo único:
O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.

Artigo V
Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.

Artigo VI
Fica estabelecida, durante dez séculos,
a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.

Artigo VII
Por decreto irrevogável fica estabelecido
o reinado permanente da justiça e da claridade,
e a alegria será uma bandeira generosa
para sempre desfraldada na alma do povo.

Artigo VIII
Fica decretado que a maior dor
sempre foi e será sempre
não poder dar-se amor a quem se ama
e saber que é a água
que dá à planta o milagre da flor.

Artigo IX
Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que sobretudo tenha
sempre o quente sabor da ternura.

Artigo X
Fica permitido a qualquer pessoa,
qualquer hora da vida,
uso do traje branco.

Artigo XI
Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama
e que por isso é belo,
muito mais belo que a estrela da manhã.

Artigo XII
Decreta-se que nada será obrigado
nem proibido,
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.

Parágrafo único:
Só uma coisa fica proibida:
amar sem amor.

Artigo XIII
Fica decretado que o dinheiro
não poderá nunca mais comprar
o sol das manhãs vindouras.
Expulso do grande baú do medo,
o dinheiro se transformará em uma espada fraternal
para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.

Artigo Final.
Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.

Evolução (?)

Bem, pessoal, gostaria de dizer que odeio textos que se iniciam por "bem, pessoal". E como acabei de fazê-lo, peço a permissão de vocês para novamente começar. Vamos lá.
Como é de conhecimento de alguns, este espaço esquecido do mundo virtual completou um ano de existência neste domingo, dia 09 de abril. Esta idéia foi na verdade uma cópia (fajuta, diga-se) de um outro blog já existente em nossa sala (http://www.enfermagem2004.blogspot.com/). Sem ele, o enfermaculum nunca teria chegado onde chegou. Mas, a pergunta que faço neste momento, queridos companheiros de labuta e devaneios, é: onde chegamos? Para responder, é preciso voltar um pouco tempo. A primeira mensagem, há um ano atrás, propunha que este blog se tornasse um local para as mais variadas coisas, desde declarações apaixonadas (ainda as aguardo) até a decapitação de nossos melhores inimigos. Tirante as declarações apaixonadas, não fugimos muito de nossos ideiais. Além disso, este blog se auto-intitulava um espaço hemorroidário para discussão em torno do nada e do coisa nenhuma. Concluo, que também alcançamos nossos objetivos.
Mas, chegou o momento de evoluirmos. A formatura se aproxima e com ela a perspectiva de mudanças (positivas, espera-se). O que antes era um espaço hemorroidário passa agora a ser cerebral, inserido entre uma verdade inatingível e um pensamento de criança. Continuará tendo seus sonhos e viagens, porém terá também os pés firmes em terra, tentando analisar o presente e o futuro.
De palpável, proponho o contínuo convite de pessoas para nos trazer novas idéias, novas análises. Além disso, que nos unamos mais e reflitamos acerca de nossa profissão e de nossas vidas.
Bem, pessoal. É isso.
(Gilmar)

Ouvi falar em mudança!


ONDE ESTÃO AS MUDANÇAS?
FALANDO EM MUDANÇAS, OLHA COMO ELA MUDOU!
BEATRIZ DA TITIA!


Mirian

08 abril 2006

DESculpa, mil desculpas

Gente, venho através deste, humildemente me redimir e pedir desculpas por ter atraplhado vcs...queria dizer q eu estou me esforçando para ficar quieta...ja estou até sentada mais na frente...mas mesmo assim desculpa....bjos
Larissa

Queridos leitores

Queridos leitores, eu como admiradora desse blog, queria atraves deste, dizer para começo, q o criador desse blog está de parabéns, por criar um espaço onde as pessoas possam expor sua opinião sobre o q pensam da vida, do amor, de valores. Hoje em dia é muito dificil encontrar pessoas q ainda prezam por essas pequenas coisas que fazem a diferença, e eu acho o que o mundo precisa, hoje, são dessas pequenas coisas.
Maria Eduarda Ciqueira Albuquerque de Mendes ( Duda, para os mais intimos)



O Gimarzao eu to passando pra falar um oi, e tb faz tempo q num passo por aqui resolvi vim hj
Gostou da brincadeira, ah ja ia me esquecendo, adorei o texto...
BJao
Larissa ( a mais linda, rs)

07 abril 2006

O Amor...

Acabei de receber esta mensagem por e-mail e, como ele sugeria, todos os casais deveriam ler.

Aos casados há muito tempo, aos que não casaram, aos que vão casar,aos que
acabaram de casar, aos que pensam em se separar; aos que acabaram de se
separar, aos que pensam em voltar...

Por mais que o poder e o dinheiro tenham conquistado uma ótima posição no
ranking das virtudes, o amor ainda lidera com folga.

Tudo o que todos querem é amar.

Encontrar alguém que faça bater forte o coração e justifique loucuras.

Que nos faça entrar em transe, cair de quatro, babar na gravata.

Que nos faça revirar os olhos, rir à toa, cantarolar dentro de um ônibus
lotado.

Tem algum médico aí?

Depois que acaba esta paixão retumbante, sobra o quê? O amor.

Mas não o amor mistificado, que muitos julgam ter o poder de fazer levitar.
O que sobra é o amor que todos conhecemos, o sentimento que temos por mãe,
pai,
irmão, irmã, filho, filha.

É tudo o mesmo amor, só que entre amantes existe sexo.

Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de
saudades,
quatro de ódio, seis espécies de inveja.

O amor é único, como qualquer sentimento, seja ele destinado aos
familiares, ao
cônjuge ou a Deus.

A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, a
sedução
tem que ser ininterrupta.

Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom
de voz
nos fragiliza, e de cobrança em cobrança acabamos por sepultar uma relação
que
poderia ser eterna. Casaram.

Te amo pra lá,

te amo pra cá.

Lindo, mas insustentável.

O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.

Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto,tem que haver muito
mais do
que amor, e às vezes nem necessita de um amor tão intenso.

É preciso que haja, antes de mais nada, respeito!

Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma
paciência...

Amor, só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações.

Tem que ter jogo de cintura para acatar regras que não foram previamente
combinadas.

Tem que haver bom humor para enfrentar imprevistos, acessos de carência,
infantilidades.

Tem que saber levar.

Amar, só, é pouco.

Tem que haver inteligência.

Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições,
demissões
inesperadas, contas pra pagar.

Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.

Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.

Entre casais que se unem visando à longevidade do matrimônio tem que haver
um pouco de
silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um.

Tem que haver confiança. Uma certa camaradagem, às vezes fingir que não
viu, fazer de
conta que não escutou. É preciso entender que união não significa,
necessariamente, fusão.

E que amar, 'solamente', não basta.

Entre homens e mulheres que acham que o amor é só poesia, falta
discernimento, pé no chão, racionalidade.

Tem que saber que o amor pode ser bom, pode durar para sempre, mas que
sozinho não dá conta do recado.
O amor é grande, mas não é dois. É preciso convocar uma turma de
sentimentos para amparar esse amor
que carrega o ônus da onipotência.

O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.

Um bom amor aos que já têm!

Um bom encontro aos que procuram!

E felicidades a todos nós!!!

(Artur da Távola)


oiiiiii

04 abril 2006

eu tbm quero aparecer....hahaha

nossa como a mi gosta de aparecer ne?fica aí escrevendo com essas cores fortes pra chamar a atençao.. q coisa ne?

tbm gostaria de dizer q o zé tava mto chick aquele dia de calça jeans e camisa preta(o detalhe: era de listras verticais...que dá a impressao de q a pessoa é + magrinha....hehhehe)..
P.S.: a mi realmente AMA O ZÉ E O CARRRLO TBM...
eu tbm amo o gilmarzao...(kesia nao fique com ciumes..)


CAROLzinha

03 abril 2006

Fantasmas e mudanças...

Apesar de vivermos em um país democrático, onde cada cidadão pode escolher o poste em que quer urinar, peço para os escassos indivíduos frequentadores deste blog a gentileza de sempre publicar comentários ou posts assinados.

Aproveitando, tenho pensando em algumas mudanças deste espaço, pois para os desmemorizados (?) de plantão, no próximo dia 09 completamos nosso primeiro aniversário. Por isso, aguardo idéias. Não quero ser chamado de ditador depois...

E para os queridos companheiros de sala que ainda não possuem a senha de acesso, é só enviar-me um e-mail.

Esta mensagem se auto-destruirá em alguns dias.

Gilmar

Crime! Será?

Confesso que tenho muita preguiça de escrever aqui de vez em quando e acho que alguns compartilham do mesmo defeito.
Me contento em ler os textos (ótimos, diga-se de passagem) do meu amigo Gilmare!
Nada demais até aqui...nenhum crime? ( Será?)
Então lá vai a história.
Estávamos lanchando. Aqueles 3 pasteizinhos com uma caçulinha que o Lucas ( o mocinho da lanchonete) me vende com um sorriso enorme no rosto quase todos os dias! Come mesmo gorda!
Tá, foi durante a volta que o crime foi premeditado...
Voltávamos conversando, Eu, Gilmare, Leandro, Carolzinha, etc...de repente avisto um ser de camisa preta e calça jeans, carregando uma maleta ( está é típica dele). Ai, Ai, o Zé, o Zezinho, o prof mais lindinho da facul e do mundo inteiro...rssss ( essa é pra tirar 10 no curso a distância).
E foi aí, justo no momento de encontro...Eu o Zé...o Zé...Eu...ele falou:
__É Gilmar to sabendo do blog, mas só vc escreve lá...
Eu disse:
__Eu também Zé, eu também! ( euforia, nota 1000)
O Zé:
__Ah dá a senha que eu vou escrever lá também!
E eu:
__Só se vc escrever só pra mim, pra mais ninguém no mundo!
Bla...bla...bla...bla....bla.....tchau....tchau....

Ai meu Deus, foi aí que a idéia se concretizou...a senha do blog...Como eu poderia...?
Ai como eu pude?
E hoje...(ou foi ontem?)ele me pediu a senha, a chave dos nossas postagens mais íntimas, de nossos desabafos mais gritantes...e.........e.........eu dei.............
Oh! Gilmare, senhor de todos os blogs, me perdoe por cometer tamanho ato descabido!

Moral da História

O que uma mulher não faz por amor...
ou
O que uma aluna não faz pra ganhar 100% de aproveitamento no curso de farmaco!

Mas Zé, eu te amo!
Te amo também Gilmare!

E amo também o Carrrrrrrrrrlo, lógico!
Um beijo pra vocês!
Mirian

02 abril 2006

POVINHO +OU- DA SALA

Momento da oração:
Deus, faça com que aquele esparadrapo ultra-colante fabricado pela Johnsons&Johnsons venha a ser pregado por Suas mãos em minha boca, e que eu nunca mais abra minha matraca em sala de aula. Assim seja!

QUEM ESCREVEU FOI O GILMARZAO.... É UMA PENA QUE NEM TDOS POSSAM LER... PQ É A PURA VERDADE...ESTA INSSUPORTAVEL PERMANECER EM SALA DE AULA COM CERTAS FIGURINHAS


CAROLZINHA

26 março 2006

Lei de Murphy II


A energia elétrica sempre acabará e seu rádio-relógio será desligado quando você tiver algum compromisso importante no outro dia, principalmente se o celular for uma das modernidades que você ainda não aderiu...

X- filosofia... ou Deveria ter pedido um lanche ao invés de escrever...

O segredo de tudo está na simplicidade. No modo de tentar enxergar as coisas e os outros sem se sobrepor. Todos temos uma história única que contribui para formar o Universo. Estou longe de entender isso, mas tenho me esforçado para me manter simples (mesmo quase nunca conseguindo) e pensante. Pois a vida continua graças a soluções simples e inteligentes.
Continuar respirando deste modo não é fugir da batalha, mas usar as táticas corretas para ganhar a guerra.

Diário de bicicletas...

Podem duvidar, mas estava acabando (finalmente) este diário e meti o pé no fio de eletricidade... (sorte de vocês, que não perderão tempo lendo tantas inutilidades...) Ficará de novo, para um outro dia...


Antes de qualquer coisa queria me desculpar. Este blog é comunitário. Quase todos da sala têm a senha, todos se quisessem poderiam publicar seus pensamentos sobre o nada e o coisa nenhuma, propostas originais deste espaço. Mas tem sido comum minhas publicações e de mais algumas bravas companheiras, como a Mirian e outros anjos (gostou né, Mirian?). Então, este pedido de desculpas é pelo que vou publicar agora, pois de todas as publicações, talvez seja esta a mais pessoal delas...contarei agora três dias de minha vida.

"Todas as coisas humanas têm dois aspectos... para dizer a verdade todo este mundo não é senão uma sombra e uma aparência; mas esta grande e interminável comédia não pode representar-se de um outro modo. Tudo na vida é tão obscuro, tão diverso, tão oposto, que não podemos nos assegurar de nenhuma verdade."
Erasmo – Elogio da Loucura, 1509


Nada teria acontecido se não fosse o Dito(ao fundo, a Débora). Mas antes de falar dele, preciso voltar um pouco no tempo. Exatamente no dia 26 de fevereiro de 2004. Neste dia, chegava em minha vida um anjo. A Gaby, que já foi personagem deste blog algumas vezes e tem me ajudado muito a notar o quanto a vida pode ser e é, na maior parte do tempo, simples e bela. Se não fosse por ela, meu irmão e minha cunhada ainda estariam sossegados por aqui. Mas resolveram correr atrás e por isso se mudaram pra Piumhui. Vocês devem estar se perguntando: Gilmar, e daí? Eu lhes digo, queridos amigos. E daí que Piumhui foi o destino e a partida de umas das minhas maiores loucuras destas férias, talvez de minha vida. Se vocês ainda estiverem aqui lendo, peço um pouco de paciência, pois preciso tentar relembrar instantes imprescindíveis para que entendam o quão importante foi este acontecimento para mim.

Segunda-feira, 9 de janeiro de 2006. Havia sido uma manhã como as anteriores destas férias. A Gaby dormira aqui em casa. Isto é sinônimo de sono até meio-dia, pois pelo ritmo dela, tenho certeza que a danadinha
será tão baladeira quanto meu (no bom sentido) querido amigo, o Danilo gay . Então, depois de almoçar meu café da manhã, fui para a farmácia, aquele árduo, terrível e tenebroso local de trabalho, que tem sugado todas a minhas forças e consumido (quase) todos os meus dias de vida. Seria um dia normal de trabalho, não fossem por dois motivos. Primeiro, o Jermon, o outro gay desta história, falou o dia todo:
-Gilmar, precisamos mudar desta cidade!!!

Antes que você, oh apressadinho de plantão, pense haver qualquer relação entre o fato dele ser gay e me chamar para mudar, explico: somos amigos de longa data, ele não faz meu tipo e há uma outra doida em minha vida agora. Voltando ao "precisamos mudar", também pensei nisto toda a tarde de segunda, até porque o Jermon só falava isto. Já estou com quase trinta anos e percebi que minha mãe já não suporta mais ver minha cara todos os dias depois desses 10.585 dias de vida. Nem meu pai. Nem meus irmãos. Apesar destes fazer um pouco de tempo a menos: são mais novos. E este pensamento foi importante para a decisão da noite. O Jermon foi embora, à noite veio o Marcelino (na foto, com a Nelma), outro figura. Trabalho tranqüilo até que quinze pra dez, quando ele me solta uma:
-Gilmar, porque você não vai de bicicleta até Piumhui?
Na terça eu iria de qualquer modo até lá. De ônibus ou carona. Precisava ver a Gaby, meu irmão,
minha cunhada e mãe, que passava uns dias lá. E aquela frase do Marcelino caiu como uma bomba em minha cabeça. Fiquei doido. Às dez horas as portas do estabelecimento se fecharam e eis que aparece das movimentadas ruas de minha cidade o responsável pela realização desta mini-loucura. Dito, acompanhado de seu eterno amor, (por favor, não pensem se tratar de sua bike!!!) a Débora... Falei de meu plano, vi sua cabeça balançar de um lado a outro, notei seu cérebro pensando ("esse magrelo não chega nem no trevo...") e ouvi o que eu queria naquele momento:
- Daqui a pouco levo algumas coisas que você precisará na viagem...
Nunca cheguei tão rápido em casa. Cheguei e desanimei. A outra bicicleta, a boa, precisava de uns últimos ajustes e eu, entendedor nato de nissins de tomates e pipocas de microondas, sei muito mal encher os pneus. Então liguei para o Dito:
- Cara, não precisa trazer não. A bike não tá boa. Preciso levá-la pela manhã na bicicletaria e então passo na farmácia para pegar as coisas.
- É. Preciso te perguntar uma coisa. Tem lugar para eu dormir lá também?

- Não acredito?!? Você também quer ir?!? Acho que tem sim. Vou ligar pro irmão e já retorno.
Eu para meu irmão:
- Lu, tem lugar para o Dito dormir aí? Tamo querendo ir de bicicleta amanhã...
- Cê num guenta não... Nem tenta!
- A pergunta foi simples: tem ou não tem lugar para ele dormir?

-Tem.
-Até amanhã, então.
Liguei para o Dito e passados cinco minutos estava ele e sua fiel escudeira e amada buzinando sua powermoto na porta de casa. Sofremos (até parece que fiz alguma coisa!!!), mas conseguimos deixar a bicicleta do Peco pronta para enfrentar as curvas até Piumhui. Graças também ao meu pai, borracheiro de primeira grandeza e ao próprio Peco, irmão para toda obra!
O Dito e a Débora se foram e fiquei dando os últimos ajustes na bike e tentando comer alguma coisa, pois havia até esquecido disto. Tomei banho e me deitei. Fazia tempo que não ficava tão ansioso. Dormi das duas e meia às quatro e meia. Não consegui mais.

Terça-feira, 10 de janeiro de 2006. O costumeiro café da manhã das treze horas dos dias anteriores foi substituído pela refeição comum dos dias de faculdades. Cinco e pouco da manhã
estava eu tomando o meu tradicional mucilon com nescau (acreditam nisto?), algumas frutas e um pãozinho que o padeiro acabara de deixar. Calma!!! Como assim? O padeiro acabara de deixar? Ele nunca fazia isso. Deixar tão cedo nosso alimento matinal!!! Então realmente existia uma conspiração universal. Todos queriam me ver longe. Pelo menos por um dia e meio!
Depois deste incentivo e de uma despedida fraternal (Peco!!!), a bicicleta me levou ao primeiro ponto: o encontro com o Dito. Combinamos como ponto o trevo da saída da cidade e lá estava
eu no horário marcado (outro milagre!). O Dito também, claro. Recebi valiosas dicas da melhor maneira de pedalar, ritmo, alimentação... coisas de profissional, apesar de eu ser um semi-amador. Um último ajuste na minha bicicleta e estávamos nós, os dois cavaleiros conquistadores, o realista Pança (desculpe Dito, apesar da sua agora inexistente pança) e um devaneador Quixote, a encarar nossa missão, que de modo algum modificaria o andamanto cósmico das coisas (isso ficou meio Coelho, o Paulo, hein!?), mas de um maneira singular alteraria minha constituição (pelo menos a físiológica, apesar de ter sido muito mais que isso). No começo, alimentado e agitado (do meu modo, diga-se!) e com uma temperatura amena para ajudar, eu procurava conversar bastante como o companheiro de aventuras, tentando sugar informações de como seria a viagem, além de eu próprio manter um diálogo constante comigo mesmo, já pensando na possibilidade de publicar a aventura no blog...
Talvez seja o momento de dizer: em quase toda a viagem tive como paisagem frontal os pneus da bicicleta do Dito. E daqui a pouco explico o quase.
Certa vez li que devíamos ter uma trilha sonora para cada instante de minha vida. Durante a
viagem a trilha sonora não veio. Porém, houve uma música insistentemente martelando a minha cabeça: Chegadas e Despedidas, da Maria Rita. Nem faço idéia do motivo. Mas ela me perseguiu.
Ah, o Dito havia esquecido de falar sobre algo que aconteceria durante a viagem: os estágios de aquecimento (na verdade, desconfio que nem ele sabia). As estradas de Minas reservam para os praticantes de ciclismo (aliás, para todos!), a oportunidade de se aquecerem sem se preocuparem com técnicas e frescuras. É só correr. Para que entendam de modo mais fácil, listo abaixo os quatro estágios de aquecimentos pelos quais passamos tanto na ida como na volta:
Primeirio estágio: cães enraivecidos e sanguinários.
Segundo estágio: serial killer com armas mortais.
Terceiro estágio: loucos no volante.
Quarto estágio: animais sedentos por carne humana.
Estes etapas foram importantes para que eu adquirisse a condição ideal: a de morto. Até Passos consegui manter o ritmo beneditino. Depois, só com muita água, barras de cereais e paradas estratégicas. Como bom homem (esta vai em homenagem à Cris), eu culpava o sol, a bicicleta, a noite mal dormida, a fome, mas em momento algum sugeri ser meu "excelente" condicionamento físico o responsável pelo meu deplorável desempenho. E rezei para chegar o Turvo, mais especificamente seu restaurante. E chegamos. Sem energia, comeria ali qualquer coisa, a qualquer preço. Mas, o Dito, com seu sempre bom senso sugeriu que se fosse muito cara a refeição, iríamos até o próximo ponto. Zumbi, concordei. Entramos no sonhado restaurante e logo veio um cardápio, seguido por um garçom. Preço do prato por pessoa: R$13,00. Levamos pouquíssimo dinheiro e a esse preço não teríamos reserva para a volta. Chamamos o garçom, perguntamos sobre a possibilidade de algo mais barato e logo ele chamou a proprietária. Sorridente, ela disse que este prato daria para os dois, pois ela pediria para caprichar. E o mais incrível, depois de uma pechinchada beneditina, ela faria por R$10,00... Excelente. Como leões, devoramos até o último grão de arroz. Agradecemos, descansamos um pouco e continuamos nossa jornada.
Parece um devaneio, mas existem subidas eternas. Aquela depois do almoço foi uma delas. Nunca acabava. E logo pensei, talvez, na mais importante lição da viagem: esta subida de duas horas, na volta, tornar-se-á uma breve descida de cinco minutos. Ou seja, o que talvez levamos uma vida para construir pode se desfazer em um instante. Desculpem o momento Paulo Coelho (toc, toc, toc), mas me senti um ser pensante depois desta (fajuta) reflexão.
(Uma subida que nunca acabava. Mas, acabou. E bebemos uma água estupidamente gelada em um posto policial e seguimos com as pedaladas. Agora, um dos mehlores momentos da aventura. Em uma barraca simples já há alguns poucos quilômetros de)

12 março 2006

Príncipes...

Certa vez um aluno perguntou a Osman Lins, escritor, o que seria necessário para se escrever bons textos. O autor de "Lisbela e o Prisioneiro" sugeriu-lhe: "Leia, meu caro. Leia muito. Sobretudo, bons autores. Machado de Assis, Graciliano, desse time". O aluno, mais que depressa, retrucou: "Mas eu já li esses autores." Osman, paciente como sempre, explicou: " Eu acredito. Mas aposto que você leu só uma vez. Pois isso não basta. Só após a décima leitura é que você começará a perceber a riqueza, a sutileza, a grandiosidade do texto desses autores".

Esta introdução foi necessária. Deleitem-se agora com um grande capítulo dO Pequeno Príncipe. Um livro que me persegue há vários anos, e a cada leitura, me mostra sempre algo novo.

E foi então que apareceu a raposa:

- Boa dia, disse a raposa.

- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.

- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...

- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...

- Sou uma raposa, disse a raposa.

- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...

- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. não me cativaram ainda.

- Ah! desculpa, disse o principezinho.

Após uma reflexão, acrescentou:

- Que quer dizer "cativar"?

- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?

- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?

- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?

- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?

- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."

- Criar laços?

- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...

- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...

- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...

- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.

A raposa pareceu intrigada:

- Num outro planeta?

- Sim.

- Há caçadores nesse planeta?

- Não.

- Que bom! E galinhas?

- Também não.

- Nada é perfeito, suspirou a raposa.

Mas a raposa voltou à sua idéia.

- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.

O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:

- Por favor... cativa-me! disse ela.

- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.

- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!

- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.

- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...

No dia seguinte o principezinho voltou.

- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.

- Que é um rito? perguntou o principezinho.

- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!

Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:

- Ah! Eu vou chorar.

- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...

- Quis, disse a raposa.

- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.

- Vou, disse a raposa.

- Então, não sais lucrando nada!

- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.

Depois ela acrescentou:

- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.

Foi o principezinho rever as rosas:

- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela á agora única no mundo.

E as rosas estavam desapontadas.

- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.

E voltou, então, à raposa:

- Adeus, disse ele...

- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.

- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.

- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...

- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.