26 março 2006

Lei de Murphy II


A energia elétrica sempre acabará e seu rádio-relógio será desligado quando você tiver algum compromisso importante no outro dia, principalmente se o celular for uma das modernidades que você ainda não aderiu...

X- filosofia... ou Deveria ter pedido um lanche ao invés de escrever...

O segredo de tudo está na simplicidade. No modo de tentar enxergar as coisas e os outros sem se sobrepor. Todos temos uma história única que contribui para formar o Universo. Estou longe de entender isso, mas tenho me esforçado para me manter simples (mesmo quase nunca conseguindo) e pensante. Pois a vida continua graças a soluções simples e inteligentes.
Continuar respirando deste modo não é fugir da batalha, mas usar as táticas corretas para ganhar a guerra.

Diário de bicicletas...

Podem duvidar, mas estava acabando (finalmente) este diário e meti o pé no fio de eletricidade... (sorte de vocês, que não perderão tempo lendo tantas inutilidades...) Ficará de novo, para um outro dia...


Antes de qualquer coisa queria me desculpar. Este blog é comunitário. Quase todos da sala têm a senha, todos se quisessem poderiam publicar seus pensamentos sobre o nada e o coisa nenhuma, propostas originais deste espaço. Mas tem sido comum minhas publicações e de mais algumas bravas companheiras, como a Mirian e outros anjos (gostou né, Mirian?). Então, este pedido de desculpas é pelo que vou publicar agora, pois de todas as publicações, talvez seja esta a mais pessoal delas...contarei agora três dias de minha vida.

"Todas as coisas humanas têm dois aspectos... para dizer a verdade todo este mundo não é senão uma sombra e uma aparência; mas esta grande e interminável comédia não pode representar-se de um outro modo. Tudo na vida é tão obscuro, tão diverso, tão oposto, que não podemos nos assegurar de nenhuma verdade."
Erasmo – Elogio da Loucura, 1509


Nada teria acontecido se não fosse o Dito(ao fundo, a Débora). Mas antes de falar dele, preciso voltar um pouco no tempo. Exatamente no dia 26 de fevereiro de 2004. Neste dia, chegava em minha vida um anjo. A Gaby, que já foi personagem deste blog algumas vezes e tem me ajudado muito a notar o quanto a vida pode ser e é, na maior parte do tempo, simples e bela. Se não fosse por ela, meu irmão e minha cunhada ainda estariam sossegados por aqui. Mas resolveram correr atrás e por isso se mudaram pra Piumhui. Vocês devem estar se perguntando: Gilmar, e daí? Eu lhes digo, queridos amigos. E daí que Piumhui foi o destino e a partida de umas das minhas maiores loucuras destas férias, talvez de minha vida. Se vocês ainda estiverem aqui lendo, peço um pouco de paciência, pois preciso tentar relembrar instantes imprescindíveis para que entendam o quão importante foi este acontecimento para mim.

Segunda-feira, 9 de janeiro de 2006. Havia sido uma manhã como as anteriores destas férias. A Gaby dormira aqui em casa. Isto é sinônimo de sono até meio-dia, pois pelo ritmo dela, tenho certeza que a danadinha
será tão baladeira quanto meu (no bom sentido) querido amigo, o Danilo gay . Então, depois de almoçar meu café da manhã, fui para a farmácia, aquele árduo, terrível e tenebroso local de trabalho, que tem sugado todas a minhas forças e consumido (quase) todos os meus dias de vida. Seria um dia normal de trabalho, não fossem por dois motivos. Primeiro, o Jermon, o outro gay desta história, falou o dia todo:
-Gilmar, precisamos mudar desta cidade!!!

Antes que você, oh apressadinho de plantão, pense haver qualquer relação entre o fato dele ser gay e me chamar para mudar, explico: somos amigos de longa data, ele não faz meu tipo e há uma outra doida em minha vida agora. Voltando ao "precisamos mudar", também pensei nisto toda a tarde de segunda, até porque o Jermon só falava isto. Já estou com quase trinta anos e percebi que minha mãe já não suporta mais ver minha cara todos os dias depois desses 10.585 dias de vida. Nem meu pai. Nem meus irmãos. Apesar destes fazer um pouco de tempo a menos: são mais novos. E este pensamento foi importante para a decisão da noite. O Jermon foi embora, à noite veio o Marcelino (na foto, com a Nelma), outro figura. Trabalho tranqüilo até que quinze pra dez, quando ele me solta uma:
-Gilmar, porque você não vai de bicicleta até Piumhui?
Na terça eu iria de qualquer modo até lá. De ônibus ou carona. Precisava ver a Gaby, meu irmão,
minha cunhada e mãe, que passava uns dias lá. E aquela frase do Marcelino caiu como uma bomba em minha cabeça. Fiquei doido. Às dez horas as portas do estabelecimento se fecharam e eis que aparece das movimentadas ruas de minha cidade o responsável pela realização desta mini-loucura. Dito, acompanhado de seu eterno amor, (por favor, não pensem se tratar de sua bike!!!) a Débora... Falei de meu plano, vi sua cabeça balançar de um lado a outro, notei seu cérebro pensando ("esse magrelo não chega nem no trevo...") e ouvi o que eu queria naquele momento:
- Daqui a pouco levo algumas coisas que você precisará na viagem...
Nunca cheguei tão rápido em casa. Cheguei e desanimei. A outra bicicleta, a boa, precisava de uns últimos ajustes e eu, entendedor nato de nissins de tomates e pipocas de microondas, sei muito mal encher os pneus. Então liguei para o Dito:
- Cara, não precisa trazer não. A bike não tá boa. Preciso levá-la pela manhã na bicicletaria e então passo na farmácia para pegar as coisas.
- É. Preciso te perguntar uma coisa. Tem lugar para eu dormir lá também?

- Não acredito?!? Você também quer ir?!? Acho que tem sim. Vou ligar pro irmão e já retorno.
Eu para meu irmão:
- Lu, tem lugar para o Dito dormir aí? Tamo querendo ir de bicicleta amanhã...
- Cê num guenta não... Nem tenta!
- A pergunta foi simples: tem ou não tem lugar para ele dormir?

-Tem.
-Até amanhã, então.
Liguei para o Dito e passados cinco minutos estava ele e sua fiel escudeira e amada buzinando sua powermoto na porta de casa. Sofremos (até parece que fiz alguma coisa!!!), mas conseguimos deixar a bicicleta do Peco pronta para enfrentar as curvas até Piumhui. Graças também ao meu pai, borracheiro de primeira grandeza e ao próprio Peco, irmão para toda obra!
O Dito e a Débora se foram e fiquei dando os últimos ajustes na bike e tentando comer alguma coisa, pois havia até esquecido disto. Tomei banho e me deitei. Fazia tempo que não ficava tão ansioso. Dormi das duas e meia às quatro e meia. Não consegui mais.

Terça-feira, 10 de janeiro de 2006. O costumeiro café da manhã das treze horas dos dias anteriores foi substituído pela refeição comum dos dias de faculdades. Cinco e pouco da manhã
estava eu tomando o meu tradicional mucilon com nescau (acreditam nisto?), algumas frutas e um pãozinho que o padeiro acabara de deixar. Calma!!! Como assim? O padeiro acabara de deixar? Ele nunca fazia isso. Deixar tão cedo nosso alimento matinal!!! Então realmente existia uma conspiração universal. Todos queriam me ver longe. Pelo menos por um dia e meio!
Depois deste incentivo e de uma despedida fraternal (Peco!!!), a bicicleta me levou ao primeiro ponto: o encontro com o Dito. Combinamos como ponto o trevo da saída da cidade e lá estava
eu no horário marcado (outro milagre!). O Dito também, claro. Recebi valiosas dicas da melhor maneira de pedalar, ritmo, alimentação... coisas de profissional, apesar de eu ser um semi-amador. Um último ajuste na minha bicicleta e estávamos nós, os dois cavaleiros conquistadores, o realista Pança (desculpe Dito, apesar da sua agora inexistente pança) e um devaneador Quixote, a encarar nossa missão, que de modo algum modificaria o andamanto cósmico das coisas (isso ficou meio Coelho, o Paulo, hein!?), mas de um maneira singular alteraria minha constituição (pelo menos a físiológica, apesar de ter sido muito mais que isso). No começo, alimentado e agitado (do meu modo, diga-se!) e com uma temperatura amena para ajudar, eu procurava conversar bastante como o companheiro de aventuras, tentando sugar informações de como seria a viagem, além de eu próprio manter um diálogo constante comigo mesmo, já pensando na possibilidade de publicar a aventura no blog...
Talvez seja o momento de dizer: em quase toda a viagem tive como paisagem frontal os pneus da bicicleta do Dito. E daqui a pouco explico o quase.
Certa vez li que devíamos ter uma trilha sonora para cada instante de minha vida. Durante a
viagem a trilha sonora não veio. Porém, houve uma música insistentemente martelando a minha cabeça: Chegadas e Despedidas, da Maria Rita. Nem faço idéia do motivo. Mas ela me perseguiu.
Ah, o Dito havia esquecido de falar sobre algo que aconteceria durante a viagem: os estágios de aquecimento (na verdade, desconfio que nem ele sabia). As estradas de Minas reservam para os praticantes de ciclismo (aliás, para todos!), a oportunidade de se aquecerem sem se preocuparem com técnicas e frescuras. É só correr. Para que entendam de modo mais fácil, listo abaixo os quatro estágios de aquecimentos pelos quais passamos tanto na ida como na volta:
Primeirio estágio: cães enraivecidos e sanguinários.
Segundo estágio: serial killer com armas mortais.
Terceiro estágio: loucos no volante.
Quarto estágio: animais sedentos por carne humana.
Estes etapas foram importantes para que eu adquirisse a condição ideal: a de morto. Até Passos consegui manter o ritmo beneditino. Depois, só com muita água, barras de cereais e paradas estratégicas. Como bom homem (esta vai em homenagem à Cris), eu culpava o sol, a bicicleta, a noite mal dormida, a fome, mas em momento algum sugeri ser meu "excelente" condicionamento físico o responsável pelo meu deplorável desempenho. E rezei para chegar o Turvo, mais especificamente seu restaurante. E chegamos. Sem energia, comeria ali qualquer coisa, a qualquer preço. Mas, o Dito, com seu sempre bom senso sugeriu que se fosse muito cara a refeição, iríamos até o próximo ponto. Zumbi, concordei. Entramos no sonhado restaurante e logo veio um cardápio, seguido por um garçom. Preço do prato por pessoa: R$13,00. Levamos pouquíssimo dinheiro e a esse preço não teríamos reserva para a volta. Chamamos o garçom, perguntamos sobre a possibilidade de algo mais barato e logo ele chamou a proprietária. Sorridente, ela disse que este prato daria para os dois, pois ela pediria para caprichar. E o mais incrível, depois de uma pechinchada beneditina, ela faria por R$10,00... Excelente. Como leões, devoramos até o último grão de arroz. Agradecemos, descansamos um pouco e continuamos nossa jornada.
Parece um devaneio, mas existem subidas eternas. Aquela depois do almoço foi uma delas. Nunca acabava. E logo pensei, talvez, na mais importante lição da viagem: esta subida de duas horas, na volta, tornar-se-á uma breve descida de cinco minutos. Ou seja, o que talvez levamos uma vida para construir pode se desfazer em um instante. Desculpem o momento Paulo Coelho (toc, toc, toc), mas me senti um ser pensante depois desta (fajuta) reflexão.
(Uma subida que nunca acabava. Mas, acabou. E bebemos uma água estupidamente gelada em um posto policial e seguimos com as pedaladas. Agora, um dos mehlores momentos da aventura. Em uma barraca simples já há alguns poucos quilômetros de)

12 março 2006

Príncipes...

Certa vez um aluno perguntou a Osman Lins, escritor, o que seria necessário para se escrever bons textos. O autor de "Lisbela e o Prisioneiro" sugeriu-lhe: "Leia, meu caro. Leia muito. Sobretudo, bons autores. Machado de Assis, Graciliano, desse time". O aluno, mais que depressa, retrucou: "Mas eu já li esses autores." Osman, paciente como sempre, explicou: " Eu acredito. Mas aposto que você leu só uma vez. Pois isso não basta. Só após a décima leitura é que você começará a perceber a riqueza, a sutileza, a grandiosidade do texto desses autores".

Esta introdução foi necessária. Deleitem-se agora com um grande capítulo dO Pequeno Príncipe. Um livro que me persegue há vários anos, e a cada leitura, me mostra sempre algo novo.

E foi então que apareceu a raposa:

- Boa dia, disse a raposa.

- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.

- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...

- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...

- Sou uma raposa, disse a raposa.

- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...

- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. não me cativaram ainda.

- Ah! desculpa, disse o principezinho.

Após uma reflexão, acrescentou:

- Que quer dizer "cativar"?

- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?

- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?

- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?

- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?

- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."

- Criar laços?

- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...

- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...

- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...

- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.

A raposa pareceu intrigada:

- Num outro planeta?

- Sim.

- Há caçadores nesse planeta?

- Não.

- Que bom! E galinhas?

- Também não.

- Nada é perfeito, suspirou a raposa.

Mas a raposa voltou à sua idéia.

- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.

O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:

- Por favor... cativa-me! disse ela.

- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.

- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!

- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.

- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...

No dia seguinte o principezinho voltou.

- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.

- Que é um rito? perguntou o principezinho.

- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!

Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:

- Ah! Eu vou chorar.

- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...

- Quis, disse a raposa.

- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.

- Vou, disse a raposa.

- Então, não sais lucrando nada!

- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.

Depois ela acrescentou:

- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.

Foi o principezinho rever as rosas:

- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela á agora única no mundo.

E as rosas estavam desapontadas.

- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.

E voltou, então, à raposa:

- Adeus, disse ele...

- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.

- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.

- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...

- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.